Dorival defende saúde mental de técnicos após recusa de Tite ao Corinthians
Dorival Júnior, apresentado como novo técnico do Corinthians nesta terça-feira (29), abordou com seriedade a decisão de Tite de recusar o convite do clube para priorizar sua saúde mental. O gesto do ex-comandante da seleção brasileira, que gerou debates no futebol, foi defendido por Dorival, que destacou a "carga muito pesada" imposta aos profissionais da área.
Pressão excessiva no futebol brasileiro
"O nível de cobranças e preocupações de um profissional do futebol é muito alto. As pessoas às vezes não têm ideia do que isso provoca no indivíduo, na família e nas relações pessoais", afirmou Dorival, que já passou por 18 clubes em 24 anos de carreira. O técnico reforçou que a pressão no esporte, muitas vezes, ultrapassa limites saudáveis: "É uma situação de risco para qualquer esportista".
Alerta para uma mudança necessária
Dorival, que foi colega de Tite como jogador, expressou apoio público ao ex-técnico: "Torço para sua recuperação rápida. Tenho respeito e carinho por ele". A fala vai além do caso individual: é um alerta sobre a saúde mental de atletas, comissões técnicas e treinadores, submetidos a exigências "constantes e desumanas". O novo comandante alvinegro cobrou mais empatia das instituições e da torcida: "Precisamos entender que por trás dos resultados há seres humanos".
A postura de Tite e o discurso de Dorival refletem um debate urgente no esporte. Enquanto clubes brasileiros acumulam casos de burnout entre profissionais, a discussão sobre equilíbrio e suporte psicológico ganha força – mesmo que, por ora, ainda a passos lentos.