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Chefe da PF associa anistia a capricho político

Publicado em: 06/05/2025

Chefe da PF associa anistia a capricho político
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Chefe da PF associa anistia a capricho político, e Gilmar afirma que 8/1 deve ser decidido pelo Judiciário
O ministro Gilmar Mendes, do STF, declarou que não vê espaço para uma possível anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, defendendo que o caso seja resolvido exclusivamente pelo sistema judicial. Enquanto isso, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, criticou qualquer tentativa de anular punições por "capricho político", reforçando a gravidade dos crimes cometidos.


Evento em Madri reúne cúpula da Justiça brasileira
Os dois participaram de um seminário em Madri promovido pela OAB, que debate segurança jurídica e jurisdição constitucional. O evento, que segue até quarta-feira (7), teve ingressos vendidos a R$ 9.000 e contou com mais de 300 inscritos, incluindo autoridades do alto escalão da Justiça brasileira.


Gilmar Mendes defende responsabilização judicial sem interferências
O ministro do STF afirmou que o avanço das investigações, que agora atingem os mandantes dos atos golpistas, é um "fenômeno raro no Brasil" e destacou a importância de manter o processo dentro do Judiciário. "Conseguimos identificar os responsáveis com provas robustas. Temos que avançar na responsabilização", disse. Ele também questionou o timing das propostas de anistia, que ganharam força apenas após a cúpula dos ataques ser alvo de denúncias.


PF rejeita anistia e alerta para gravidade dos crimes
Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, afirmou desconhecer detalhes das negociações por anistia, mas foi enfático ao condenar a ideia. "São situações muito graves, como tentativas de assassinato e atentado ao Estado Democrático, que não podem ser apagadas por conveniência política", declarou. Sua posição é pública e contrária a qualquer medida que beneficie os envolvidos sem a devida responsabilização.


Lewandowski evita comentários diretos, mas confia no sistema democrático
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, evitou se posicionar sobre a discussão da anistia, alegando que o tema está em análise no Legislativo e no Judiciário. No entanto, expressou confiança na capacidade do sistema brasileiro de resolver crises internas. "Nunca houve um período tão auspicioso para a democracia. Conflitos entre os Poderes existem, mas são resolvidos pelo próprio sistema", afirmou. Sobre críticas à concentração de poder no Judiciário, Lewandowski destacou que o Congresso Nacional tem recuperado protagonismo, especialmente no controle orçamentário.


Proposta de redução de penas gera controvérsia
Uma minuta articulada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, propõe alterações na lei para atenuar penas de participantes dos atos de 8 de janeiro que não tiveram papel de liderança. A medida, porém, enfrenta resistência de setores do Judiciário e da PF, que defendem punição proporcional à gravidade dos crimes cometidos.

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