Publicado em: 02/04/2025
Foto: Reprodução Redes Sociais
A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito e indiciou Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, por vazar informações sigilosas para uma série de reportagens publicadas pela Folha de S.Paulo. As reportagens expuseram o modus operandi de Moraes quando ele era presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A PF acusa Tagliaferro de ter agido com a intenção de prejudicar as investigações sobre fake news e de desacreditar o Judiciário. No entanto, o ex-assessor nega as acusações e sua defesa afirma que ele "reitera, categoricamente, que não vazou nenhuma informação".
As investigações levaram à quebra de sigilo de Tagliaferro, que foi demitido do TSE em 2023 após ser preso por violência doméstica. Nas conversas encontradas durante a quebra de sigilo, Tagliaferro teria indicado que conversou com jornalistas da Folha de S.Paulo.
Apesar das conversas encontradas, a PF reconhece o sigilo da fonte jornalística, previsto na Constituição, e não intimou os repórteres a depor. O delegado responsável pelo caso, Thiago Batista Peixe, afirma que não há mensagens diretas de Tagliaferro com jornalistas no relatório.
O inquérito agora segue para o Ministério Público Federal (MPF), que decidirá se denuncia Tagliaferro à Justiça.