Publicado em: 27/05/2025
Governo proíbe seis marcas de azeite por fraude na composição; veja quais
A decisão foi tomada após análises laboratoriais identificarem a presença de outros óleos vegetais nas amostras, caracterizando fraude na composição dos produtos. A adulteração de azeites não apenas engana o consumidor, mas também coloca em risco a saúde pública, já que óleos adicionados podem não atender aos padrões de qualidade e segurança alimentar.
Azeite de oliva: fraude em alta escala
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou a proibição da comercialização de seis marcas de azeite de oliva no Brasil. A medida veio após testes revelarem que os produtos continham óleos vegetais não declarados, uma prática que descumpre a legislação e prejudica a confiança do mercado. As marcas envolvidas são: Doma, Azapa, Fazenda Real, Imperador, Porto Valencia e Quinta da Boa Vista.
Impacto da fraude e ações do Mapa
De acordo com o Mapa, a adulteração viola a Instrução Normativa nº 1/2012, que define os padrões de qualidade do azeite, e infringe o Código de Defesa do Consumidor. Cerca de 30,9 mil litros do produto foram retirados do mercado, mas estima-se que parte já tenha sido consumida. O ministério recomenda que quem adquiriu esses azeites solicite a substituição nos pontos de venda e reforça a importância de verificar rótulos e desconfiar de preços excessivamente baixos.
Como denunciar e se proteger
Denúncias sobre produtos suspeitos podem ser feitas pelo canal oficial Fala.BR, incluindo informações sobre o local da compra. A adulteração de azeites é uma das fraudes alimentares mais recorrentes no mundo, perdendo apenas para a de pescados. Dados recentes mostram que, globalmente, até 70% dos azeites vendidos como "puros" podem estar adulterados. No Brasil, a falta de fiscalização rigorosa e a alta lucratividade do esquema incentivam a prática, exigindo maior atenção de autoridades e consumidores.
Consumo seguro e mercado em alerta
O Mapa alerta que azeites legítimos devem ter acidez máxima de 0,8% e origem claramente especificada. Produtos com valores muito abaixo da média ou sem selos de certificação devem ser evitados. A conscientização e a escolha por marcas reconhecidas são essenciais para combater esse tipo de fraude, que além de ilegal, compromete a qualidade do que chega à mesa do brasileiro.