Publicado em: 08/04/2025
Foto: Reprodução Redes Sociais
Dois dias após o cenário de guerra que tomou conta do Morro dos Cavalos, em Palhoça, Santa Catarina, a BR-101 amanheceu com longas filas e interdições. O trecho, palco da explosão de um caminhão-tanque carregado de etanol que incendiou 24 veículos, ainda sente os reflexos da tragédia.
O acidente, que ocorreu no domingo (6), transformou a BR-101 em um inferno de chamas e fumaça. Vinte e um carros e três carretas foram consumidos pelo fogo, e cinco pessoas ficaram feridas, incluindo o motorista do caminhão e sua esposa, que sofreram queimaduras graves.
A liberação total da pista só ocorreu na manhã de segunda-feira (7), após mais de 15 horas de trabalho intenso das equipes de resgate. A operação, considerada uma das mais complexas já enfrentadas pelo Corpo de Bombeiros, exigiu a remoção das barreiras centrais da pista e a atuação de uma empresa especializada em emergências ambientais para conter o vazamento do combustível altamente inflamável.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) investiga as causas do acidente. A destruição do tacógrafo do caminhão-tanque, que registrava a velocidade do veículo, dificulta o trabalho da perícia. A velocidade será estimada com base em vestígios técnicos e dados coletados no local.
Enquanto a investigação avança, os motoristas enfrentam longas filas e interdições na BR-101. A Arteris Litoral Sul, concessionária que administra o trecho, informou que as filas chegaram a 4 quilômetros no sentido Porto Alegre e 6 quilômetros no sentido Curitiba.
Em meio à tragédia, surgiram relatos de solidariedade e heroísmo. Motoristas que tiveram seus carros incendiados descreveram a cena como um filme de terror, mas também destacaram a ajuda de outros condutores e equipes de resgate.
A comunidade catarinense e os motoristas que trafegam pela BR-101 aguardam ansiosamente por respostas. A investigação da PRF será crucial para determinar as causas do acidente e evitar que novas tragédias ocorram na rodovia.