Publicado em: 07/05/2025
Wolf Maya classifica como "absurdo" Boni não ser citado em festa dos 60 anos da Globo
Wolf Maya, 71 anos, não poupou críticas ao comentar a ausência de menções a Boni, 91 anos, durante as comemorações dos 60 anos da TV Globo. O diretor e ator, que deixou a emissora em 2016, destacou a importância histórica de Boni, considerado um dos arquitetos da televisão brasileira. "É um absurdo não citarem o Boni. Ele é uma figura fundamental para a Globo e para a TV no Brasil", afirmou Maya em entrevista ao Leo Dias TV.
Wolf Maya reflete sobre sua saída da Globo e legado
Sobre sua própria trajetória na emissora, Maya afirmou que sua saída foi tranquila e planejada. "Eu sentia que havia perdido alguns pontos de referência. Fiz muito sucesso pela Globo, então não havia motivo para não ser uma transição pacífica", disse. Ele também ressaltou que, apesar de não ter sido mencionado na celebração, seu trabalho permanece na memória do público. "Na memória contemporânea, você sabe o que marcou sua infância. Não tenho mágoas, fui bem aplaudido e bem pago, mas não quero voltar", completou.
Boni revela ausência de convite e comenta exclusão de nomes históricos
Na semana passada, o próprio Boni confirmou que não foi convidado para o evento. Em tom ponderado, ele minimizou a situação: "Acho que essas festas são mais dedicadas às pessoas do vídeo – não era um resumo da história da TV, mas um aniversário". O ex-executivo ainda citou outros nomes icônicos que também ficaram de fora, como Walter Clark, Joe Wallach, Armando Nogueira e Daniel Filho. "Bastidores não precisam comemorar, a não ser que fosse um documentário", acrescentou.
Maya defende Boni e pondera sobre homenagens
Apesar de considerar a omissão injusta, Wolf Maya acredita que Boni não se sentiu ofendido. "Ele sabe o tamanho que tem", disse. O diretor ainda observou que a ausência de menções a outros profissionais importantes, como diretores, foi generalizada. "Nenhum diretor foi citado. Não me senti ofendido, mas reconheço que há lacunas na forma como a história foi contada". A discussão reacendeu o debate sobre como as emissoras preservam – ou não – a memória de seus principais nomes.