Publicado em: 06/05/2025
A ciência comprova: ser "bom o suficiente" no trabalho leva a mais felicidade e produtividade
A psicologia contemporânea vem desconstruindo um mito perigoso do mundo profissional: a ideia de que o perfeccionismo é uma qualidade. Pesquisas recentes mostram que pessoas que se permitem atingir um padrão de "suficientemente bom" em suas atividades não apenas são mais felizes, mas paradoxalmente acabam sendo mais produtivas a longo prazo.
O perfeccionismo como armadilha profissional
O que muitos apresentam como virtude em entrevistas de emprego ("sou muito perfeccionista") revela-se na prática um obstáculo ao desempenho. Chris Guillebeau, autor best-seller do New York Times, alerta que o perfeccionismo cria um sistema de crenças limitantes que prejudica desde a conclusão de tarefas simples até a sensação de realização pessoal. A obsessão por resultados impecáveis muitas vezes paralisa, fazendo com que projetos demorem muito mais para sair do papel ou sequer sejam finalizados.
A filosofia do "bom o suficiente" como solução inteligente
Adotar essa abordagem não significa fazer trabalhos malfeitos ou negligenciar qualidade. Trata-se de um equilíbrio estratégico: entregar resultados realmente bons dentro de prazos realistas, mantendo abertura para ajustes futuros. Psicólogos organizacionais destacam que profissionais que dominam essa mentalidade experimentam menos ansiedade, tomam decisões com mais agilidade e mantêm uma relação mais saudável com seu trabalho.
Produtividade real versus perfeição imaginária
Enquanto o perfeccionista fica preso em loops infinitos de revisões e dúvidas, o profissional que pratica o "suficientemente bom" avança consistentemente em seus projetos. Essa diferença de postura explica por que, em muitos casos, os melhores resultados vêm de quem sabe quando parar - não de quem insiste em buscar uma perfeição inatingível. A chave, segundo especialistas, está em substituir o "tudo ou nada" por um "bom, melhorável e concluído".