Publicado em: 09/05/2025
Esqueci o que ia falar: Isso é normal? Qual é a explicação?
Em um mundo onde o excesso de informações e a multitarefa são constantes, esquecer o que ia dizer no meio de uma conversa é mais comum do que se imagina — e pode ser um sinal de como nosso cérebro lida com sobrecarga. Mas quando esses lapsos merecem atenção? Entenda a diferença entre um esquecimento cotidiano e sinais de condições mais sérias, como Alzheimer, e descubra como proteger sua memória.
Por que esquecemos o que íamos falar do nada?
Segundo o neurocirurgião Renato Andrade Chaves, esses "brancos" momentâneos são uma resposta natural do cérebro a distrações ou estímulos inesperados. "O fluxo de pensamento é interrompido quando o cérebro detecta algo que demanda atenção imediata, como um barulho alto ou uma interrupção na conversa", explica. Estudos indicam que, em média, uma pessoa tem entre 3 e 5 desses lapsos por dia, especialmente em situações de estresse ou cansaço mental (Journal of Neuroscience, 2023).
Quando devo me preocupar?
Embora esses esquecimentos sejam normais, é preciso ficar atento se eles vierem acompanhados de outros sintomas, como confusão mental frequente, dificuldade para lembrar palavras simples ou eventos recentes, ou alterações de humor abruptas. Dados da OMS mostram que casos de demência precoce têm aumentado entre pessoas abaixo dos 60 anos, mas é crucial diferenciar um lapso ocasional de um padrão preocupante. "No Alzheimer, o esquecimento é persistente e progressivo, afetando a capacidade de realizar tarefas cotidianas", alerta Chaves.
Como evitar problemas de memória
Manter o cérebro ativo é a melhor forma de preservar a memória. O neurocirurgião recomenda:
Exercícios físicos regulares, que aumentam o fluxo sanguíneo cerebral em até 25% (American Heart Association, 2024);
Leitura e jogos cognitivos, como xadrez ou palavras-cruzadas, que fortalecem conexões neurais;
Meditação e sono adequado, essenciais para consolidar memórias;
Redução do estresse crônico, um dos maiores vilões da função cognitiva.
A chave, segundo especialistas, não é temer os pequenos esquecimentos, mas adotar hábitos que mantenham a mente afiada — porque, no ritmo acelerado de hoje, cuidar da memória é cuidar da qualidade de vida.