Publicado em: 02/04/2025
Terapia Assistida por Animais: Mais que Carinho, Ciência
A TAA é uma intervenção estruturada, liderada por profissionais, que usa a interação com animais para desenvolver habilidades em pessoas neurodivergentes. Diferente do convívio casual com pets, aqui cada atividade é planejada para estimular comunicação, regulação emocional e motricidade. Estudos da Journal of Autism and Developmental Disorders (2022) comprovam que sessões com cães reduzem cortisol (hormônio do estresse) em 48% das crianças autistas, facilitando engajamento social.
Benefícios Comprovados: O Impacto na Prática
Entre os ganhos destacam-se:
Comunicação ampliada: Animais como cães incentivam contato visual e interações em 60% dos casos, segundo terapeutas.
Controle da ansiedade: Cavalos, em equoterapia, promovem regulação sensorial e melhora postural em sessões semanais.
Estímulo motor: Coelhos e pequenos animais auxiliam na adaptação sensorial de forma não invasiva, crucial para quem tem hipersensibilidade.
Escolha do Animal: Um Caminho Personalizado
Cães e gatos lideram como facilitadores de vínculos, mas cavalos são essenciais para desenvolvimento motor. Pequenos animais, como coelhos, são estratégicos para casos de sensibilidade extrema. A chave é alinhar espécie, perfil do paciente e objetivos terapêuticos – 73% dos programas de TAA no Brasil usam cães, conforme a Associação Brasileira de Terapias Assistidas por Animais.
Integração à Rotina: Cautela e Estratégia
A TAA não substitui terapias convencionais, mas as potencializa. Para implementá-la:
Busque profissionais certificados: Apenas 15% dos oferecidos no mercado têm formação específica, alertam entidades.
Respeite limites: Introdução gradual evita sobrecarga sensorial.
Mantenha regularidade: Sessões semanais mostram resultados em 8 a 12 semanas.
Um Futuro com Mais Inclusão
Em um mundo onde 40% das famílias de autistas relatam dificuldades de acesso a terapias (dados do CDC/EUA, 2023), a TAA emerge como alternativa viável e transformadora. Mais que auxílio, é um direito à qualidade de vida – um lembrete de que, às vezes, a cura está na simplicidade de uma conexão sem palavras.