Publicado em: 03/06/2025
EUA elevam tarifas sobre aço para 50%, e Brasil está entre os mais afetados
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta terça-feira (3) um decreto que aumenta as tarifas sobre importações de aço e alumínio de 25% para 50%, medida que entra em vigor já nesta quarta-feira (4). A decisão, justificada sob o argumento de "segurança nacional", visa fortalecer a produção doméstica, mas deve impactar diretamente os principais fornecedores dos EUA, incluindo o Brasil, segundo maior exportador de aço para o mercado americano.
Reino Unido tem tratamento diferenciado, mas sob condições
Enquanto a maioria dos países enfrentará a tarifa de 50%, o Reino Unido manterá temporariamente a taxa de 25%, conforme o "Acordo de Prosperidade Econômica" (EPD) assinado em maio de 2025. No entanto, Trump advertiu que, a partir de 9 de julho, o governo americano poderá reavaliar a medida caso o Reino Unido não cumpra os termos do acordo, elevando a tarifa para 50% se necessário.
Tensão comercial se intensifica antes de prazo decisivo em julho
A medida amplia as disputas comerciais entre os EUA e seus parceiros globais, como Brasil e União Europeia (UE), em um momento crítico: as negociações para evitar uma guerra tarifária total devem ser concluídas até 9 de julho, quando expira a trégua de 90 dias. Para o Brasil, além do salto de 25% para 50% nas tarifas sobre aço, Trump também elevou as taxas sobre outros produtos brasileiros de 10% para 20%, pressionando ainda mais a balança comercial entre os dois países. A indústria siderúrgica brasileira, que já enfrenta desafios logísticos e de competitividade, agora precisa se preparar para um cenário ainda mais desafiador.