Publicado em: 10/03/2025
Como torcedor apaixonado pelo futebol cearense, ver essa decisão me enche de uma mistura de orgulho e expectativa. No Campeonato Cearense de 2025, os gigantes Ceará e Fortaleza apostaram na integridade e na qualidade do jogo ao solicitar arbitragem de fora do Estado para as finais – um movimento que mostra que, mesmo com altos custos, a busca pela justiça em campo não tem preço.
A ideia é simples, mas poderosa: para cada uma das duas partidas finais, serão escalados 11 profissionais, entre árbitro principal, assistentes, quarto e quinto árbitro, além dos especialistas do VAR (VAR, AVAR 1, AVAR 2), o observador do VAR, o Quality Manager e o inspetor de arbitragem. O custo? Mais de R$200 mil por jogo! Segundo os ofícios enviados à Federação Cearense de Futebol (FCF), essa escolha inclui ainda uma taxa de R$5 mil por profissional – valor que será revertido para aprimorar a arbitragem local. É a tecnologia e a precisão técnica entrando em campo, garantindo que cada lance seja decidido com a máxima imparcialidade.
Esse movimento não é apenas uma estratégia moderna, mas também se encaixa na rica tradição do nosso campeonato. O Campeonato Cearense, que tem suas raízes lá atrás – quando o futebol ainda começava a se firmar no estado – sempre foi palco de clássicos memoráveis e momentos de pura emoção. Lembram do primeiro Clássico-Rei de 2025, em 8 de fevereiro? Lá, o quarteto de arbitragem veio de fora do Estado, com um custo superior a R$70 mil, mostrando que, mesmo no passado, o compromisso com a justiça e a qualidade sempre foi prioridade.
Agora, para as finais marcadas para os dias 15 e 22 de março, a comissão de arbitragem da FCF está em consulta com a CBF para definir os profissionais disponíveis nessas datas. Essa integração entre tradição e modernidade é o que faz o nosso campeonato ser tão especial: um reflexo do quanto o futebol evoluiu, mas sem perder a essência de paixão e rivalidade que só a nossa história pode oferecer.
No fundo, essa decisão reforça que, mesmo que a tecnologia às vezes dê aquela escapadinha, ela ainda funciona – e funciona bem – quando se trata de preservar a integridade do esporte. Afinal, no futebol, como na vida, nem tudo está perdido; é preciso investir, inovar e, acima de tudo, manter a fé de que cada detalhe conta na construção de um espetáculo digno dos nossos clássicos históricos.