Publicado em: 05/05/2025
Ansiedade e expectatação marcam nova fase de Darlan na Itália
Aos 22 anos, o oposto Darlan enfrenta uma mistura de expectativa e pressão silenciosa ao se preparar para vestir a camisa do Verona, da Itália, encerrando um ciclo de seis anos no Sesi Bauru. Em entrevista ao UOL, o atleta admitiu que a ansiedade o acompanha na transição para o vôlei europeu, mas encontrou na seleção brasileira um porto seguro emocional. "O primeiro foco agora é a Liga das Nações. Isso está me acalmando", confessou, destacando o sonho de representar o Brasil como prioridade imediata.
Seleção brasileira serve como âncora emocional antes da transição
Enquanto aguarda a estreia pelo Verona, Darlan concentra-se nos treinos com a seleção, que inicia sua campanha na Liga das Nações em 11 de junho, contra o Irã. O jogador integra um grupo em renovação, mas exalta a força técnica do elenco: "Estamos selecionando atletas muito fortes. Os treinos têm sido bons, e isso é um grande ponto para ganharmos confiança". A competição internacional surge não apenas como preparação esportiva, mas como válvula de escape para a tensão pré-mudança.
Despedida do Sesi Bauru mistura frustração e legado histórico
A transição para a Europa não ocorreu sem amargor. Darlan deixou o Sesi Bauru após uma derrota por 3 sets a 1 para o Praia Clube, nas quartas de final da Superliga 2024/2025. Apesar do resultado, o atleta consolidou seu legado: detém três das quatro maiores pontuações da história da competição masculina. A despedida, embora não ideal, simboliza o fim de uma jornada que o projetou das categorias de base ao cenário global.
Último compromisso no Brasil: um tributo ao vôlei nacional
Antes de partir, Darlan dedicou seu domingo a acompanhar a final da Superliga entre Sada Cruzeiro e Campinas Vôlei Renata, no Ibirapuera. Entre fotos e autógrafos, o oposto celebrou a rivalidade que move o esporte: "É uma final sensacional, muito pega. O Campinas começou bem, mas o Sada soube reagir". O gesto revela não apenas paixão pelo jogo, mas um reconhecimento tácito do peso de representar o Brasil no exterior.
Enquanto Darlan encara o desafio duplo de brilhar na seleção e adaptar-se à Itália, sua trajetória reflete a complexidade das transições esportivas: um equilíbrio frágil entre ambição, saudade e a pressão silenciosa de carregar expectativas nacionais. Seu próximo capítulo, repleto de oportunidades, também testará sua capacidade de transformar ansiedade em combustível para o crescimento.