Dorival reconhece necessidade de reforços e muda discurso no Corinthians

Dorival reconhece necessidade de reforços e muda discurso no Corinthians
Em apenas uma semana à frente do Timão, o técnico Dorival Júnior já ajustou seu posicionamento sobre contratações. Após afirmar em sua apresentação que trabalharia apenas com o elenco disponível, o treinador agora admite a necessidade de reforços na próxima janela de transferências. A mudança de tom reflete a realidade de um time que ainda está em reconstrução, enquanto rivais como Palmeiras e Flamengo começaram a temporada com plantéis já consolidados.

Técnico alerta sobre desvantagem competitiva do Timão
Dorival foi claro ao comparar a situação do Corinthians com a de outros clubes: "Temos que ter consciência de que nosso grupo vem sendo montado há um ano, enquanto outras equipes já têm elencos estruturados. Naturalmente, elas saem na frente". As declarações foram dadas após o empate contra o América de Cali pela Sul-Americana, quando o treinador destacou que, apesar da evolução do time, "uma ou outra peça" ainda seria necessária para equilibrar a competição.

Diretoria promete janela de transferências limitada por crise financeira
O problema é que a atual gestão, comandada por Augusto Melo, já sinalizou que a próxima janela será de "vacas magras". Com as contas de 2024 reprovadas e uma dívida bruta que alcança R$ 2,5 bilhões, o clube deve repetir a estratégia usada na contratação do lateral Fabrizio Angileri: buscar jogadores sem custo de transferência, muitas vezes em situações irregulares ou sem ritmo de jogo. Angileri, por exemplo, chegou após nove meses sem atuar pelo Getafe, da Espanha.

Discurso inicial de Dorival contrasta com realidade do elenco
Na apresentação oficial, em 29 de abril, o treinador havia dito que não estava "preocupado com novas contratações" e que trabalharia com o que tinha em mãos. A rápida mudança de postura evidencia os desafios que encontrará no Parque São Jorge. Enquanto a torcida pressiona por nomes de peso, a diretoria terá de conciliar as demandas esportivas com uma das piores crises financeiras da história do clube. O caminho para recolocar o Corinthians no topo do futebol brasileiro parece mais longo do que muitos imaginavam.