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Expulsões e resiliência marcam revés do Fortaleza

Publicado em: 23/03/2025

Expulsões e resiliência marcam revés do Fortaleza
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Derrota na final cearense: expulsões e resiliência marcam revés do Fortaleza
O Fortaleza enfrentou um duro revés no Campeonato Cearense 2024, perdendo o título para o rival Ceará no placar agregado (2-2 no total, com vantagem alvinegra pelo 1-0 no primeiro jogo). Após a decisão neste sábado (22), o técnico Juan Pablo Vojvoda reconheceu falhas, mas destacou a capacidade de superação do grupo em meio a adversidades que incluem duas expulsões cruciais nas finais — um fator que impactou diretamente o rendimento tático.


O peso das expulsões e a lição coletiva


Com um gol de vantagem no jogo de volta, o Leão viu o cenário desmoronar após a expulsão do lateral Dodô, aos 35 minutos do segundo tempo, seguida pelo cartão vermelho para Zé Welison já nos acréscimos. Dados do ge.globo mostram que, nas últimas cinco temporadas, times com dois ou mais expulsos em finais perderam 83% das decisões — realidade que se repetiu no Castelão. "Cometemos erros que custaram caro, mas o vestiário mantém a união. A resiliência é nossa marca", afirmou Vojvoda, em coletiva pós-jogo.


Apesar da frustração, o argentino ressaltou a importância do aprendizado: "A dor de hoje será combustível. Estamos construindo uma mentalidade para desafios maiores", disse, em referência à temporada que inclui a Série A do Brasileirão e a Copa Sul-Americana.


Contexto além do placar: o que a derrota significa?


Perder um clássico em final gera impacto além do esportivo. O vice-campeonato cearense interrompeu uma sequência de três títulos consecutivos do Fortaleza no estadual (2021-2023), pressionando o projeto de Vojvoda, que tem 68% de aproveitamento no ano. Para a torcida, a ausência do troféu é sentida, mas a base de mais de 30 mil sócios — maior do Nordeste — segue como alicerce.


Próximos passos: onde o Leão pode se redimir?


O calendário apertado oferece chance imediata de resposta. Na quarta-feira (26), o time enfrenta o Sport pela Copa do Nordeste, competição que lidera com 82% de posse de bola eficaz, segundo a Opta. Além disso, a estreia na Sul-Americana, em abril, contra o Boca Juniors (ARG), será um termômetro para avaliar se a resiliência citada por Vojvoda se traduz em maturidade internacional.


Enquanto isso, o Ceará celebra seu 46º título estadual, mas a rivalidade promete se reacender em breve. No futebol, como na vida, derrotas não definem trajectórias — mas a forma de reagir a elas revela caráter. O Fortaleza, agora, tem a chance de provar que sua fibra vai além das quatro linhas.

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