Filipe Luís alerta: assédio europeu impacta desempenho de Wesley no Flamengo

Filipe Luís alerta: assédio europeu impacta desempenho de Wesley no Flamengo
O Flamengo enfrenta um dilema que vai além do futebol: como manter o foco de um jovem talento sob o constante assédio do mercado europeu? Desde 2023, o clube já recusou várias ofertas por Wesley, incluindo uma de €25 milhões (R$ 159 milhões) do Zenit-RUS. Apesar da ascensão meteórica do lateral-direito – que conquistou a titularidade no time e até uma convocação para a seleção brasileira –, seu rendimento em 2024 não tem atingido o mesmo nível. Filipe Luís, técnico rubro-negro, aponta o turbilhão psicológico causado pela especulação europeia como um dos fatores.

O preço da pressão em um jovem talento
"Todo jogador oscila, ainda mais aqui, onde a carga é de 80 jogos por ano, sem descanso e com pressão extrema", explica Filipe Luís. "Wesley tem apenas 21 anos. Ele viveu um ano intenso em 2024, foi convocado... Imagina o que se passa na cabeça dele com o mercado europeu especulando seu nome?" O técnico reconhece que o desempenho coletivo do time também influencia, mas acredita que, com tempo e apoio, o jovem retomará seu melhor futebol.

Flamengo segura jogador, mas planeja venda estratégica
O Rubro-Negro já recusou propostas por Wesley, mas trabalha com a possibilidade de negociá-lo em meados de 2025, desde que atinja sua avaliação: entre €35 e €40 milhões (R$222miaR$ 254 mi). Enquanto isso, a diretoria já busca opções para reposição, sinalizando que a saída é tratada como inevitável. O próprio jogador e seu staff preferem a Premier League, onde seu estilo ofensivo teria melhor encaixe.

Seleção brasileira mantém interesse, apesar da oscilação
Mesmo em fase irregular, Wesley integra a pré-lista de Carlo Ancelotti para a seleção brasileira – ao lado de outros cinco rubro-negros. Sua estreia pela Amarelinha em 2024 foi um reflexo de sua temporada: substituição positiva contra a Colômbia (vitória por 2x1), mas atuação abaixo contra a Argentina (derrota por 4x1). O caso expõe um desafio crescente no futebol sul-americano: como equilibrar a exposição precoce de jovens talentos ao assédio internacional sem comprometer seu desenvolvimento? Dados da CBF revelam que 63% dos jogadores convocados para a seleção principal em 2024 atuam no exterior – um recorde histórico que aumenta a pressão sobre as joias que ainda resistem no Brasil.