Publicado em: 25/05/2025
Hugo Calderano escreve história com prata inédita para o Brasil
Neste domingo (25), Hugo Calderano conquistou a primeira medalha brasileira em um Campeonato Mundial de Tênis de Mesa, terminando com a prata após ser superado pelo chinês Wang Chuqin, número 2 do ranking mundial, por 4 sets a 1. Apesar da derrota na final, o feito rompeu uma hegemonia de décadas: até então, apenas asiáticos e europeus haviam subido ao pódio no torneio mais importante da modalidade.
O desafio contra uma potência do tênis de mesa
Wang Chuqin, atual campeão olímpico por equipes e prata no Mundial de 2023, impôs um ritmo intenso. Calderano, exausto após uma semifinal épica contra Liang Jingkun (5º do mundo), admitiu: “Faltou perna, faltou físico”. O brasileiro, que em abril venceu a Copa do Mundo ao derrotar justamente atletas chineses, não conseguiu replicar o mesmo ímpeto contra um rival em ascensão, apoiado por uma torcida majoritariamente chinesa.
Uma final de altos e baixos
O primeiro set foi decidido no detalhe: 12 a 10 para Wang. No segundo, o chinês dominou (11 a 3). Calderano reagiu no terceiro (11 a 4), com bolas rasantes e variação tática, mas perdeu o quarto (11 a 2) e o quinto set (11 a 7), encerrando a disputa. A estratégia de Wang de afastá-lo da mesa com jogadas rápidas mostrou-se eficaz, especialmente nos momentos decisivos.
A batalha épica nas semifinais
Para chegar à final, Calderano enfrentou uma maratona de 7 sets contra Liang Jingkun. Após liderar 3 a 1, o brasileiro viu o chinês empatar e forçar o set decisivo. Num momento de tensão, Calderano recuperou-se de um 3 a 0 contra, marcando 10 pontos seguidos. A vitória por 11 a 9 no último set garantiu sua vaga histórica, mesmo após perder seis match points consecutivos.
Um marco para o esporte brasileiro
A prata de Calderano não só quebra barreiras continentais – é a primeira final sul-americana na história do Mundial – como ressalta a evolução do atleta. O torneio, que não possui disputa pelo bronze, já garantia ao brasileiro um lugar no pódio após a semifinal. O resultado consolida seu legado após o título na Copa do Mundo e abre caminho para novas gerações em um esporte ainda dominado por potências asiáticas. Como ele mesmo refletiu: “A magia acabou”, mas a história já estava feita.