Publicado em: 23/03/2025
Morte de George Foreman aos 76 anos deixa luto no esporte e legado além do ringue
O mundo do boxe e além está de luto com a morte de George Foreman, ícone dos pesos-pesados e figura transcultural, confirmada por sua família nesta sexta-feira (21). Aos 76 anos, o bicampeão mundial e medalhista de ouro olímpico partiu "pacificamente", segundo comunicado divulgado em suas redes sociais, sem detalhes sobre a causa. A perda ressoa não apenas no esporte, mas em esferas que vão do empreendedorismo à fé, marcando o fim de uma era.
Foreman, apelidado de “Big George”, construiu uma trajetória única. Aos 19 anos, conquistou o ouro nos Jogos Olímpicos da Cidade do México (1968), início de uma jornada que o tornou campeão mundial duas vezes (1973-1974 e 1994-1995) — feito raro para um atleta que se aposentou e retornou ao topo duas décadas depois. Sua luta épica contra Muhammad Ali no “Rumble in the Jungle” (1974), no Zaire, permanece um marco histórico, assistida por 1 bilhão de pessoas globalmente, segundo a ESPN.
Após pendurar as luvas em 1997, Foreman reinventou-se como pregador evangélico e empresário visionário. Sua churrasqueira elétrica, a George Foreman Grill, vendeu mais de 100 milhões de unidades desde 1994, gerando receitas acima de US$ 400 milhões, segundo a Forbes. Paralelamente, dedicou-se à família: pai de 12 filhos, avô de 16 netos e bisavô, ele frequentemente declarava que "Deus e a família eram [sua] maior vitória".
Personalidades do esporte e da cultura lamentaram a perda. Mike Tyson postou: “Foreman mostrou que força e humildade podem coexistir. Ele mudou o boxe e inspirou gerações”. Já o presidente dos EUA, Joe Biden, destacou sua "jornada de redenção, de lutador a líder comunitário". No Brasil, onde o boxe cresce 23% ao ano (dados do Ministério do Esporte/2024), atletas como Beatriz Ferreira lembraram seu papel como "símbolo de resiliência".
A morte de Foreman deixa um vazio, mas seu legado persiste. Em 2023, ele foi incluído no Hall da Fama do Empreendedorismo, unindo-se a nomes como Steve Jobs — prova de seu impacto multifacetado. Como disse sua família: “Ele ensinou que grandes homens não são definidos apenas por suas vitórias, mas por como levantam após as quedas”.
Enquanto fãs acendem velas em frente à academia que fundou em Houston, o mundo relembra: George Foreman não foi apenas um campeão. Foi um farol de transformação, cuja história continuará a ecoar como um knockout contra o desânimo.