"O Subir na Bola": CBF Tenta Proibir o Malabarismo com a Bola e Inflama Rebelião de Craques! - Pagenews

"O Subir na Bola": CBF Tenta Proibir o Malabarismo com a Bola e Inflama Rebelião de Craques!

Publicado em: 15/04/2025

"O Subir na Bola": CBF Tenta Proibir o Malabarismo com a Bola e Inflama Rebelião de Craques!
ouvir notícia
0:00

O que começou como uma faísca na rivalidade Corinthians-Palmeiras incendeia agora uma fogueira de críticas que queima no peito de jogadores de ponta, de diferentes camisas, direcionada à toda-poderosa CBF. A razão da discórdia? Uma nova ordem que soa como um "cartão vermelho" para a ousadia: punição com amarelo para quem, em lances de puro talento ou esperteza tática, ousar o subir na bola.


Nomes que ecoam nos estádios, como Neymar e Gabigol, uniram suas vozes ao protesto já iniciado pelo corintiano Memphis Depay. O atacante corintiano não poupou a entidade, relembrando o lance da final do Paulistão com uma foto sua subindo na bola, marcando o perfil oficial da CBF e ainda cutucando com um "Bom dia" seguido de um emoji da bandeira do Brasil. O alvo da ira coletiva é a recente diretriz da entidade máxima do futebol brasileiro, que mira com cartão amarelo qualquer atleta que utilizar o recurso de elevar a redonda com os pés, mesmo que por um instante. A faísca inicial, como um raio em céu de clássico, riscou o gramado na finalíssima do Paulistão. Depay, com a astúcia de quem conhece os atalhos do tempo, utilizou o subir na bola nos estertores da partida, segurando um empate sem gols que carimbou a faixa de campeão no peito corintiano, para desespero do rival alviverde. O lance, carregado de provocação e tensão, gerou um princípio de tumulto, logo contido pelo apito final.


Pouco mais de uma semana após o "olé" estratégico de Depay, a CBF brandiu sua nova regra para o Brasileirão. A justificativa oficial? Alinhar-se a uma orientação já praticada nas competições da Conmebol. Mas a explicação soou como um balde de água fria na fervilhante criatividade dos boleiros. A questão central: o subir na bola.


O próprio Depay, epicentro da polêmica , não se calou nas redes sociais: "Vamos nos concentrar em quais regras podem melhorar o esporte e focar no lado comercial do futebol, o que beneficia os clubes, os fãs e os jogadores, em vez desses anúncios bobos". A revolta do holandês ecoou na imprensa internacional, com o jornal espanhol AS ironizando a medida e cunhando o termo "Lei Anti-Memphis" para a proibição de subir na bola, prevendo um choque entre a regra e os "jogadores mais criativos".


Neymar, com a espontaneidade que lhe é peculiar, também manifestou seu descontentamento, diagnosticando um excesso de "nhênhênhê" no futebol tupiniquim, que, a seu ver, caminha para se tornar "cada vez mais chato",  referindo-se implicitamente a regras como a que mira o subir na bola.


Gabigol, surfando na onda da indignação , aproveitou para alfinetar a arbitragem brasileira, já sob os holofotes pelos erros na rodada anterior do Brasileirão. "Enquanto isso, a preocupação é subir na bola", ironizou o atacante rubro-negro em suas redes.


Apesar da alegação de seguir diretrizes da Conmebol, a nova regra da CBF sobre  não encontra amparo direto no código da IFAB (International Football Association Board), a bíblia das leis do futebol. O órgão, contudo, abre uma brecha para punições por "comportamento antidesportivo", deixando margem para a interpretação do árbitro em lances como subir na bola. A IFAB também prevê tiro livre indireto para infrações não especificadas que causem a interrupção do jogo.


Resta saber se a beleza de dominar a bola no ar, mesmo que por um instante mágico com o subir na bola, sucumbirá ao cartão amarelo ou se a criatividade  encontrará uma nova forma de brilhar nos gramados, driblando até mesmo as novas regras . O apito final desta polêmica ainda está longe de soar.

Mais Lidas