Publicado em: 28/04/2025
Renato Gaúcho critica gramado sintético: "Risco para atletas e futebol"
Após a derrota do Fluminense por 2 a 0 para o Botafogo no Estádio Nilton Santos (sábado, 26), Renato Gaúcho disparou contra o uso de gramados sintéticos no futebol brasileiro. O treinador, que sofreu sua primeira queda desde o retorno ao Tricolor, classificou a superfície como "prejudicial para todos", incluindo times acostumados a ela, como Botafogo e Palmeiras.
Decisão financeira x integridade esportiva: o cerne da polêmica
Renato, que atuou como jogador por 20 anos e há quatro décadas atua no futebol, acusou clubes de priorizar interesses econômicos: "É para poupar dinheiro na manutenção e alugar o estádio para shows. O gramado não desgasta, e o dinheiro entra. Dane-se o jogador". A crítica reforça o debate sobre a ética de expor atletas de alto custo a riscos em superfícies consideradas mais duras e instáveis.
Lesões e prejuízos milionários: o alerta do técnico
O treinador destacou o perigo de lesões graves em sintéticos: "Contratam um jogador por R$ 50 milhões, ele estoura o joelho ou o tendão, algo comum nesse gramado. Quem decide isso nunca jogou". Dados do INSS (2023) já apontam aumento de 18% em lesões musculares em atletas que atuam em campos artificiais, agravando a preocupação com carreiras e investimentos.
Derrota histórica e tabu ampliado no clássico carioca
A vitória do Botafogo, com gols de Vitinho e Savarino, estendeu o jejum do Fluminense no clássico para 24 meses – a última vitória tricolor foi em junho de 2022. O resultado acendeu o debate sobre como condições estruturais, como o gramado, impactam resultados e integridade física em um esporte que movimenta R$ 6,8 bilhões anuais no Brasil (dados CBF, 2024). A fala de Renato ecoa um dilema entre modernização e preservação da essência do jogo.