Se o Corinthians for campeão, a luva fica com Memphis

Memphis Depay está em uma jogada de alto risco e alta recompensa: se o Timão conquistar o título paulista, o atacante pode faturar um bônus que, na prática, supera até a premiação oficial do campeonato – que gira em torno de R$ 5 milhões.

No contrato dele, há uma cláusula milionária que prevê o pagamento de R$ 4.725.603,00, a ser quitado em até 20 dias, sem contar os valores extras atrelados às metas individuais, como participações em gols. Esses bônus são inteiramente custeados pelos cofres do Corinthians e não têm relação com o tradicional "bicho", que é o reconhecimento pelas conquistas do clube.

Para se ter uma ideia: mesmo atingindo todas as metas – título e participação ativa nos gols – ainda faltarão cerca de R$ 1,2 milhão para igualar a premiação do Paulista. E, como se não bastasse, o contrato da estrela europeia se desdobra em cinco acordos distintos (direitos de imagem, premiações, luvas, trabalho e um aditivo), podendo chegar a um total de R$ 120 milhões, bônus inclusos.

A situação ganha ainda mais peso quando se sabe que, se o valor máximo for alcançado, a Esportes da Sorte possivelmente não cobrirá nem metade desse montante, já que a patrocinadora máster do Corinthians deverá arcar com R$ 57 milhões durante os dois anos de vínculo. E para coroar o pacote, Memphis ainda conta com regalias dignas de um roteiro cinematográfico: mansão paga pelo clube, chef exclusivo e camarote reservado.

Essa é a realidade nua e crua de um contrato que, ao mesmo tempo que reflete a ambição e o potencial do jogador, nos lembra que no futebol, como na vida, as apostas podem ser tão grandiosas quanto os desafios que encaramos.