Câmara de Fortaleza aprova projeto polêmico sobre servidores da extinta Fagifor - Pagenews

Câmara de Fortaleza aprova projeto polêmico sobre servidores da extinta Fagifor

Publicado em: 04/06/2025

Câmara de Fortaleza aprova projeto polêmico sobre servidores da extinta Fagifor
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Câmara de Fortaleza aprova projeto polêmico sobre servidores da extinta Fagifor
Em sessão tensa e marcada por protestos, os vereadores de Fortaleza aprovaram nesta quarta-feira (4) o projeto que transfere 2.442 funcionários da extinta Fagifor para o quadro permanente da Secretaria Municipal de Saúde. A votação, realizada em caráter extraordinário, terminou com 32 votos a favor e 9 contra, mantendo a polêmica carga horária de 240 horas para plantonistas - principal ponto de conflito com a categoria.


Manifestações e tensão durante a votação
A galeria da Câmara ficou lotada de trabalhadores da saúde que protestavam contra a manutenção da jornada de trabalho. Representantes de unidades como Frotinhas e Hospital da Mulher paralisaram atividades para pressionar por mudanças, mas tiveram seu destaque sobre carga horária rejeitado. O SindSaúde classificou como injusta a manutenção da jornada, mesmo com o aumento salarial prometido.


Justificativas e críticas ao processo acelerado
O líder do governo, Bruno Mesquita (PSD), defendeu a proposta argumentando que "não há aumento de carga" e sim "aumento de salário", mantendo o padrão do antigo concurso da Fagifor. O projeto, enviado na terça-feira (3) com pedido de urgência, teve tramitação relâmpago - aprovado nas comissões pela manhã e no plenário à tarde. Vereadores da oposição criticaram a velocidade do processo e a manutenção da jornada de 240 horas, considerada excessiva para profissionais de saúde.


Próximos passos e impactos
Com a aprovação, 1.476 funcionários serão enquadrados ainda em 2024 no novo regime estatutário. A Prefeitura garante que não haverá redução salarial e que todos os direitos serão mantidos, mas a insatisfação da categoria persiste. O desfecho do caso revela os desafios da transição de fundações para a administração direta, equilibrando demandas trabalhistas com restrições orçamentárias no serviço público municipal.

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