Publicado em: 25/04/2025
Foto: Do arquivo pessoal
Papa Francisco: legado de fé e conexão com os fiéis cearenses
O falecimento do papa Francisco, aos 88 anos, em 23 de maio de 2024, deixa um vazio global, reverberando entre os 1,3 bilhão de católicos. Sua morte, após uma intensa trajetória pastoral, mobiliza o Vaticano: seu corpo repousa na Basílica de São Pedro, onde milhares prestam homenagens sob um clima de reflexão e reverência.
Encontros marcantes e a devoção cearense
Entre histórias que ilustram sua proximidade com o povo, destaca-se a trajetória de Narieudes Lima, de Caucaia (CE). Após 11 anos de tentativas, o fiel, então com 34 anos, encontrou Francisco em maio de 2024, durante um congresso no Vaticano. O pontífice, conhecido por gestos afáveis, brincou: “Cachaça é água?”, referindo-se à bebida símbolo do Nordeste. Em seguida, abençoou Lima e o encorajou: “Coragem! Não desanime. Vós sois a esperança do mundo”. O momento, registrado como um marco de esperança, reflete a capacidade de Francisco de transcender protocolos, conectando-se às raízes culturais dos fiéis.
Despedidas e o peso de um pontificado revolucionário
Além das homenagens no Vaticano, comunidades ao redor do mundo revisitam encontros com o papa. Sua postura progressista — defesa de migrantes, críticas ao consumismo e diálogo com jovens — ecoa como herança. No Ceará, histórias como a de Lima simbolizam essa marca: um líder que equilibrou tradição e contemporaneidade, inspirando gerações. Enquanto o mundo se despede, o desafio permanece: como perpetuar seu chamado à justiça e à compaixão em tempos de polarização. Francisco deixa não apenas memórias, mas um chamado à ação — um testamento vivo em meio à dor da perda.