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Vício digital em alta: 5 estratégias para combater a rolagem compulsiva de feeds

Publicado em: 30/03/2025

Vício digital em alta: 5 estratégias para combater a rolagem compulsiva de feeds
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Vício digital em alta: 5 estratégias para combater a rolagem compulsiva de feeds
Um estudo da Universidade de Stanford (2024) revela que 68% dos adultos gastam mais de 3 horas/dia rolando feeds, prática ligada a aumento de 34% nos casos de ansiedade e insônia. Cristiano Nabuco, psicólogo pioneiro no estudo de dependências tecnológicas, alerta: "A rolagem infinita ativa os mesmos circuitos cerebrais do vício em jogos, tornando-se uma epidemia silenciosa".


Por que o cérebro se torna refém da rolagem? A ciência por trás do vício
Criada em 2006 por Aza Raskin, a rolagem infinita foi adotada por 92% das plataformas digitais, segundo o Digital Wellness Report (2024). O mecanismo libera picos de dopamina a cada nova informação, condicionando o cérebro a buscar recompensas intermitentes — padrão comparado a caça-níqueis por Nabuco. "Cada deslize de tela é um mini-orgasmo neural que esgota a capacidade de concentração", explica.


Armadilhas das plataformas: autoplay e notificações como combustível do vício
Algoritmos usam autoplay e alertas sonoros para prolongar o uso em 41%, conforme dados do MIT Tech Review. "As redes sequestram a autonomia: você vira refém de conteúdos que não escolheu", critica Nabuco. O Brasil é o 2º país mais afetado pelo FOMO (medo de perder algo), com 58% dos usuários verificando feeds mais de 10x/dia (pesquisa Febraban 2024).


5 técnicas baseadas em evidências para recuperar o controle



1. Jejum digital noturno: 


Desligar telas 90 minutos antes de dormir reduz a produção de cortisol em 27% (Journal of Sleep Research). Nabuco recomenda substituir o hábito por leitura ou meditação.



2. Uso de trackers de tempo:


Apps como ScreenZen reduzem o uso diário em 37% ao exibir relatórios semanais. "A autorreflexão quebra o piloto automático", destaca o psicólogo.


3. Rotas de fuga conscientes: 


Substituir o scroll por microações de 2 minutos (regar plantas, alongar) diminui a ansiedade em 44%, segundo a OMS.



4. Reorganização tática de apps: 


Mover redes sociais para a 3ª tela do celular reduz acessos impulsivos em 63% (estudo University of Chicago).



5. Zonas livres de tecnologia: 


Deixar o celular fora do quarto aumenta a qualidade do sono em 31% e a produtividade em 22% (Instituto Delete).


 


Alerta global: quando a busca por conexão vira desconexão interna
A OMS incluirá a "dependência digital leve" na CID-12 (2025), reconhecendo seu impacto na saúde pública. Enquanto isso, 71% dos brasileiros relatam sentir burnout digital (FGV 2024). Nabuco conclui: "Reconquistar a atenção é um ato revolucionário num mundo que lucra com nossa distração". A solução não é a abstinência, mas o uso intencional — antes que os feeds definam quem somos".

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