Publicado em: 19/06/2025
A já volátil situação no Oriente Médio atingiu um novo e alarmante patamar nesta quinta-feira (19). Mísseis disparados pelo Irã atingiram um hospital no sul de Israel, deixando dezenas de feridos. No sétimo dia de conflito, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, emitiu um aviso contundente: o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, pagará um "preço alto" por esses crimes.
O Hospital Soroka, localizado em Bersheba, no sul de Israel, sofreu "danos significativos" após ser atingido, conforme informado pela própria unidade de saúde. O detalhe alarmante é que esse hospital atende prioritariamente soldados israelenses feridos na guerra em Gaza. Em uma mensagem carregada de indignação na rede social X, Netanyahu não poupou palavras: "Ditadores terroristas iranianos dispararam mísseis contra o Hospital Soroka, em Bersheba, e contra civis. Faremos os tiranos de Teerã pagarem um preço alto".Ainda mais forte foi a declaração do ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, logo após o ataque. Ele afirmou que o líder supremo do Irã "não pode continuar existindo" e classificou o ato como um "crime de guerra dos mais graves". "Juntamente com o primeiro-ministro, ordenamos a intensificação dos ataques contra alvos estratégicos no Irã e contra a infraestrutura energética de Teerã, para eliminar as ameaças ao Estado de Israel e minar o regime dos aiatolás", acrescentou Katz, sinalizando uma retaliação ainda mais intensa.
A tensão é palpável, com a Rússia já advertindo os Estados Unidos contra o apoio militar a Israel em um possível confronto direto com o Irã. Enquanto isso, o ex-presidente americano Donald Trump, um forte aliado de Israel, não descartou uma ação militar para frear o programa nuclear iraniano, que Teerã nega ter fins bélicos.
O ataque desta quinta-feira ocorreu após uma onda violenta de dezenas de mísseis iranianos que colocaram várias regiões de Israel em alerta, forçando moradores a buscar refúgio em abrigos. Os serviços de emergência registraram 47 feridos nos incidentes mais recentes.
A situação na região segue em um ciclo perigoso de retaliações, com cada ação elevando o risco de um conflito de proporções ainda maiores. A comunidade internacional acompanha com apreensão os desdobramentos dessa crise que já dura uma semana e mostra sinais de rápida escalada.