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BMW em nome de esposa de ministro do TCU é apreendida

Publicado em: 21/05/2025

BMW em nome de esposa de ministro do TCU é apreendida
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BMW em nome de esposa de ministro do TCU é apreendida em operação que investiga fraudes bilionárias no INSS
Um veículo BMW X1 branco, registrado em nome de Thallys Mendes dos Santos de Jesus, esposa do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Jonathan de Jesus, foi apreendido pela Polícia Federal em 23 de abril, durante a primeira fase da operação que desvendou um esquema de desvios bilionários no INSS. O carro estava estacionado na garagem da família de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, um dos investigados.


Detalhes da Operação
A apreensão ocorreu no Lago Sul, região nobre de Brasília, em um imóvel onde Romeu Carvalho Antunes, filho de Antônio Carlos e sócio de empresas envolvidas no caso, foi alvo de buscas. Além da BMW, outros quatro carros de luxo e três motos foram confiscados. Todos os bens estão sob análise para determinar vínculos com as fraudes, que já mobilizam esforços de investigadores há meses.


Histórico do Veículo e Vínculos Comerciais
Antes de constar no nome da esposa do ministro, a BMW pertencia à BCLV Comércio de Veículos, que atua sob o nome fantasia Eurobike, localizada próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília. A transferência do veículo para Thallys foi confirmada por sistemas oficiais de trânsito e documentação analisada pela CNN, após revelação inicial do site Metrópoles.


Posicionamento do Ministro do TCU
Em nota, o gabinete de Jonathan de Jesus afirmou que a venda do carro foi realizada “com total transparência e legalidade”, mediada por terceiros, sem contato direto entre as partes. O texto destacou que multas e pendências do veículo foram quitadas pela vendedora antes da transferência, e que a transação seguiu trâmites legais, incluindo emissão do DUT e ATPV-e. O ministro ressaltou ainda que o processo “não tem relação com os fatos investigados”.


Repercussão e Contexto Institucional
O TCU, órgão responsável por fiscalizar contratos públicos como os do INSS, agora tem um de seus membros indiretamente vinculado a uma operação que expõe falhas sistêmicas na gestão de recursos federais. A situação amplia o debate sobre a integridade de autoridades em cargos estratégicos, especialmente diante de fraudes que impactam milhões de beneficiários do seguro social. A PF segue analisando documentos e bens apreendidos, enquanto o caso avança sob crescente escrutínio público e midiático.

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