Publicado em: 11/06/2025
Foto: PF/CE
Nova Russas, Ceará-Imagine receber uma nota de dinheiro e, ao tocá-la, sentir uma textura estranha. Algo que não parece certo. Essa sensação pode ser o primeiro sinal de um crime que, nesta semana, teve um capítulo importante desvendado no interior do Ceará. A Polícia Federal lançou uma operação para desarticular um grupo especializado em algo que parece roteiro de filme: a falsificação de dinheiro, mas com um toque caseiro que espanta.
A investigação começou por um acaso, ou melhor, por uma prisão. Quando um dos suspeitos foi detido, um celular apreendido revelou um mundo paralelo. Conversas em grupos de mensagens desmascararam um esquema sofisticado de compra, "aperfeiçoamento" e distribuição de notas falsas. As mensagens não falavam só de logística para espalhar o dinheiro por cidades do interior cearense, mas também de técnicas secretas de falsificação. E o mais intrigante: indicavam a existência de um fornecedor misterioso, ainda não identificado.
O nome da operação, "Áspero", já dá uma pista do que foi descoberto. Para dar um toque de autenticidade às cédulas falsas, os criminosos usavam uma mistura caseira e bizarra: cola de madeira e bicarbonato de sódio! Sim, você leu certo. O objetivo era simular a textura áspera do dinheiro verdadeiro, tentando enganar qualquer um que tocasse nas notas. É um nível de criatividade no crime que realmente surpreende.
Nesta terça-feira, três mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Nova Russas, no Ceará. A cidade se tornou o epicentro dessa fase da operação, onde um dos investigados é apontado como a figura central da articulação do grupo. Mas o que mais chamou a atenção no resultado das buscas foi o que a polícia encontrou nos locais: além de R$ 11.380,00 em dinheiro, foram apreendidas 46 televisões de 40 polegadas, 12 TVs de 24 polegadas, 1 TV de 50 polegadas e 32 aparelhos TV Box, todos sem qualquer documentação fiscal. A apreensão de tantos eletrônicos sem comprovação de origem levanta novas questões e sugere que o esquema pode ser ainda maior.
A polícia agora busca aprofundar as provas, identificar outros membros dessa rede criminosa e, principalmente, desvendar a identidade do grande fornecedor dessas cédulas, além de esclarecer a origem dos equipamentos eletrônicos.
Este caso serve como um alerta vital. Crimes de falsificação de moeda são sérios e podem levar a anos de prisão para os envolvidos. Para nós, cidadãos comuns, a lição é clara: esteja sempre atento ao manusear dinheiro. Verifique a textura, observe a marca d’água, o fio de segurança e as microimpressões. Se notar algo estranho, não aceite a nota e, se tiver certeza de que é falsa, procure as autoridades.
A cada dia, os criminosos tentam novas formas de enganar, mas a informação e a atenção são nossas maiores ferramentas de defesa. Você já se viu diante de uma nota que te fez duvidar da sua autenticidade?