Caso Kuki: entenda a gravidade, sintomas, causas e tratamentos do AVC - Pagenews

Caso Kuki: entenda a gravidade, sintomas, causas e tratamentos do AVC

Publicado em: 24/04/2025

Caso Kuki: entenda a gravidade, sintomas, causas e tratamentos do AVC
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Caso Kuki: entenda a gravidade, sintomas, causas e tratamentos do AVC
O ex-atacante do Náutico, Kuki, enfrenta uma batalha crítica após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico. Internado na UTI Neurológica do Real Hospital Português, no Recife, o atleta permanece consciente e sem dependência de aparelhos respiratórios, mas sua situação reforça um alerta global: segundo a revista The Lancet Neurology, em 2023, os casos de AVC em pessoas com menos de 70 anos aumentaram 14,8% no mundo, sinalizando uma tendência preocupante entre adultos jovens.


Sintomas
“Os sinais de um AVC são súbitos e devastadores”, explica o neurologista João Eudes Magalhães (IMIP). “Dificuldade para falar, fraqueza unilateral no corpo — que pode paralisar o rosto ou um lado inteiro —, perda de visão e desequilíbrio são indicativos urgentes. Cada minuto sem atendimento agrava o risco de sequelas permanentes ou morte”.


Fatores de risco
Hipertensão lidera as causas, responsável por 50% dos casos globais, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). “Diabetes, tabagismo, colesterol elevado, sedentarismo e obesidade são combustíveis para a aterosclerose, formação de placas de gordura que bloqueiam artérias cerebrais”, destaca Magalhães. Dados do Ministério da Saúde revelam que 34% dos brasileiros adultos têm pressão alta, cenário que eleva a vulnerabilidade.


Tipos de AVC
O isquêmico, como o de Kuki, resulta do entupimento de vasos sanguíneos cerebrais, responsável por 85% dos casos. Já o hemorrágico, mais letal, ocorre pelo rompimento de artérias, muitas vezes ligado à hiensão descontrolada. Ambos exigem intervenção imediata para reduzir danos neurológicos irreversíveis.


Tratamento
“O tempo é cérebro”, alerta o especialista. “Na fase aguda, usamos trombolíticos para dissolver coágulos ou a trombectomia, procedimento que remove o bloqueio por cateter. Unidades como o Hospital da Restauração, em Recife, são referência nesse protocolo”. O sucesso depende do socorro dentro de até 4,5 horas após os primeiros sintomas.


Prevenção
Apesar da imprevisibilidade, 90% dos casos estão ligados a fatores evitáveis. “Controlar pressão, glicose e colesterol, abandonar o cigarro, moderar o álcool e praticar exercícios físicos reduzem drasticamente os riscos”, afirma Magalhães. No Brasil, estima-se que 400 mil pessoas sofram AVC anualmente, mas campanhas de conscientização e check-ups regulares podem reverter essa estatística. Enquanto Kuki luta pela recuperação, seu caso serve de alerta: o AVC não espera.

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