Brasileiros lideram adoção de IA, mas riscos silenciosos emergem - Pagenews

Brasileiros lideram adoção de IA, mas riscos silenciosos emergem

Publicado em: 28/03/2025

Brasileiros lideram adoção de IA, mas riscos silenciosos emergem
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Brasileiros lideram adoção de IA, mas riscos silenciosos emergem
Com 60% de otimismo – acima da média global (57%) –, o Brasil abraça a IA como aliada, segundo pesquisa Google/Ipsos com 21 mil pessoas em 21 países. Porém, o entusiasmo esconde desafios: 43% dos usuários já compartilharam dados sensíveis com ferramentas não regulamentadas, aponta estudo da FGV (2024).


Busca por informações: facilidade vs. desinformação
81% usam IA para pesquisas, mas 68% não verificam fontes – risco crítico em ano eleitoral. Após casos como respostas falsas sobre dengue no Gemini, o Google treina 200 mil brasileiros em alfabetização digital desde março.


Assistência pessoal: produtividade com custo invisível
75% delegam tarefas a assistentes virtuais, porém 52% desconhecem que chats como Gemini armazenam históricos por 18 meses. Vazamentos de dados pessoais subiram 31% no Nordeste em 2024, segundo a SaferNet.


Educação: revolução com dependência perigosa
74% usam IA nos estudos, mas 61% de professores relatam trabalhos copiados de chatbots. O MEC prepara diretrizes para limitar o uso em universidades até 2025, enquanto startups como a Passei! apostam em tutores híbridos (humano + IA).


Escrita criativa: eficiência que ameaça autoria
85% utilizam IA para textos, porém 37% já enfrentaram acusações de plágio. O CRB (Conselho de Redatores) alerta: 90% dos currículos gerados por IA contêm "superqualificação fictícia", prejudicando candidatos.


Inovação empresarial: avanço com dilemas éticos
88% das empresas usam IA para análise de dados, mas 29% admitem vieses em algoritmos – um problema em setores como saúde, onde diagnósticos automatizados falharam em 12% dos casos (Hospital Sírio-Libanês, 2023).


O futuro exige equilíbrio urgente
Enquanto o Brasil debate seu marco regulatório de IA, previsto para 2025, especialistas defendem: a tecnologia salvará tempo, mas só a educação crítica evitará que roube nossa autonomia. O caminho? Usar, mas nunca sem duvidar.

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