Publicado em: 17/06/2025
Fortaleza, Ceará.- Com o fim da quadra chuvosa, o Ceará se prepara para o período de seca, e a gestão dos recursos hídricos se torna ainda mais crucial. Nesta terça-feira, 17 de junho de 2025, uma importante reunião entre a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) e os Comitês de Bacias Hidrográficas do Vale do Jaguaribe, Banabuiú, Salgado e Região Metropolitana de Fortaleza definiu como as águas dos três maiores açudes do estado – Castanhão, Orós e Banabuiú – serão utilizadas até o início de 2026.
Uma das decisões mais significativas do encontro, que ocorreu em Iguatu, é que pelo sexto ano consecutivo não haverá transferência de águas do Açude Castanhão para a Região Metropolitana de Fortaleza. Essa medida deve permanecer até o começo do próximo ano, indicando uma situação hídrica mais confortável ou uma estratégia de preservação das reservas do maior açude do estado.
O Castanhão, que tem a função de ser uma das principais fontes de abastecimento, será gerido de forma a otimizar o uso local, sem a necessidade de enviar suas águas para a Capital, um alívio para a região metropolitana que tem dependido menos de transferências longas nos últimos anos.
Dentre as três grandes "caixas d'águas" do Ceará, o Açude Orós é o que apresenta a melhor situação. Ele está sangrando desde o dia 26 de abril, um cenário extremamente favorável que contrasta com a preocupação constante em anos anteriores.
Essa condição privilegiada do Orós foi um fator determinante na reunião. Conforme informações apuradas, a vazão a ser liberada do Orós foi ampliada em comparação com 2024, sendo o único dos três açudes a ter a liberação de água aumentada. Isso demonstra a confiança na sua capacidade atual e a possibilidade de atender a mais demandas sem comprometer a segurança hídrica.
A reunião anual da Cogerh com os Comitês de Bacias é um momento chave para planejar o uso da água durante o período mais seco. Ela envolve não apenas instituições públicas, mas também a sociedade civil e os próprios usuários da água, garantindo uma gestão participativa e alinhada às necessidades das diversas regiões.
As decisões tomadas visam equilibrar o abastecimento humano, a agricultura, a piscicultura e outros usos, garantindo que o Ceará consiga atravessar o próximo ciclo de estiagem com segurança hídrica, otimizando o uso dos seus principais reservatórios.