Publicado em: 28/04/2025
Washington, EUA – O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou o tom de suas declarações sobre o conflito na Ucrânia, enviando um recado direto e contundente ao presidente russo, Vladimir Putin. Em declarações feitas a jornalistas neste domingo (27), Trump expressou sua impaciência com a escalada da guerra, exigindo uma solução imediata. "Quero que pare de disparar, se sente e assine um acordo", afirmou Trump, segundo informações da agência France-Presse. O comentário surge em um momento considerado crucial para a participação dos Estados Unidos no conflito do Leste Europeu. As declarações de Trump, conhecido por sua abordagem direta e muitas vezes controversa, ocorrem em meio a sinais de crescente frustração por parte de figuras importantes do governo americano.
No sábado (26), o secretário de Estado, Marco Rubio, já havia alertado que a semana seria "determinante" para definir o futuro do apoio dos EUA à Ucrânia. "Esta semana será determinante para decidir se devemos continuar investindo nesse projeto ou focar em outras questões igualmente ou até mais importantes", declarou Rubio em entrevista televisiva, sinalizando uma possível revisão da política americana em relação ao conflito.
O cenário diplomático ganhou contornos ainda mais complexos com um encontro inesperado entre Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, durante o funeral do Papa Francisco. O evento religioso se transformou em palco para tratativas informais de paz, em um momento em que a comunidade internacional busca desesperadamente uma solução para o conflito.
Após o encontro, Trump revelou uma crescente desconfiança em relação às intenções de Putin, sugerindo que começa a duvidar do real interesse do líder russo em encerrar a guerra. A mudança de tom de Trump, conhecido por suas declarações ambíguas sobre o conflito, levanta questões sobre uma possível mudança na postura dos Estados Unidos em relação à Rússia e à Ucrânia.
O ultimato de Trump a Putin, somado às declarações de Rubio e ao encontro no Vaticano, criam um clima de incerteza sobre o futuro do conflito. A comunidade internacional aguarda com expectativa os próximos passos dos Estados Unidos e da Rússia, em um momento em que a paz na região parece cada vez mais distante.