Pesquisa Atlas projeta cenário turbulento para 2026

Pesquisa Atlas projeta cenário turbulento para 2026: Lula enfrenta desafios em simulações de segundo turno
Uma pesquisa AtlasIntel/Bloomberg, divulgada nesta terça-feira (1º), aponta cenários preocupantes para o presidente Lula (PT) em simulações de segundo turno para 2026. Em confrontos contra Pablo Marçal (PRTB), Jair Bolsonaro (PL) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), o petista aparece em desvantagem ou empate técnico, revelando instabilidade política precoce.

Metodologia e margens críticas
O levantamento, realizado entre 20 e 24 de março com 4.659 entrevistados digitais (margem de erro de 1 ponto e confiança de 95%), indica que Lula perderia para Marçal por 51% a 46%. Contra Bolsonaro e Tarcísio, o presidente empataria tecnicamente (46% a 48% e 46% a 47%, respectivamente), mas a vantagem dos adversários está dentro da margem de erro.

Inelegibilidades e obstáculos legais
Bolsonaro segue inelegível até 2030 por condenações no TSE, incluindo abuso de poder político. Marçal, condenado em primeira instância por uso indevido de mídia e financiamento ilícito, também enfrenta barreiras jurídicas, embora prometa recorrer. A pesquisa ignora, por ora, o peso dessas decisões no cenário real.

Cenários contra governadores: Lula à frente, mas com desgaste
O petista venceria em simulações contra governadores estaduais, mas com altos índices de indecisos:

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  Ronaldo Caiado (União/GO): 47% a 37% (16% brancos/nulos/indecisos)

  
  


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  Eduardo Leite (PSDB/RS): 46% a 36% (18% brancos/nulos/indecisos)

  
  


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  Romeu Zema (Novo/MG): 44% a 25% (30% brancos/nulos/indecisos)

  
  

Reflexões sobre a fragmentação política
Os dados revelam um eleitorado dividido e descrente: até 30% dos votos em alguns cenários são brancos, nulos ou indecisos. Para Lula, mesmo vitórias parciais são acompanhadas de desgaste, enquanto figuras polêmicas como Marçal ganham espaço em um ambiente polarizado. A pesquisa acende um alerta sobre a erosão de apoio ao governo e a ascensão de novos atores em meio a crises institucionais e judiciais.