Publicado em: 30/04/2025
Dentro de um dos locais que simbolizam segurança e justiça, uma mulher foi cruelmente enganada por um criminoso audacioso que se fez passar por delegado — e teve R$ 4,5 mil arrancados em um golpe chocante. O episódio, que parece saído de um roteiro de suspense, aconteceu no coração da Central de Flagrantes (CGF) de Goiânia, no dia 18 de junho.
Tudo começou com um telefonema enganoso: um homem, com voz firme e aparência de autoridade, ligou para a recepção da delegacia fingindo ser advogado. Disse que precisava falar com a família de um detento. Sem imaginar o desfecho, o atendente fez a ponte até a esposa do homem preso. Foi aí que a farsa se aprofundou. O golpista mudou de identidade e, agora na pele de um suposto delegado, exigiu que ela fizesse uma transferência imediata via Pix, alegando ser o valor necessário para libertar o marido, preso por posse ilegal de arma.
Tomada pelo desespero e pela esperança de rever o companheiro, a mulher, acreditando estar lidando com um representante da lei, fez o pagamento sem hesitar. Só após o dinheiro ter sido enviado é que a terrível verdade veio à tona: tudo era mentira. O "delegado" nunca existiu. O golpe havia sido concluído dentro do próprio prédio da polícia.
A polícia agiu com rapidez e prendeu três suspeitos envolvidos no golpe. Eles responderão por estelionato eletrônico e uso de identidade falsa. A ação rápida das autoridades reflete o esforço crescente contra crimes digitais no Brasil — que já contabiliza mais de 15 mil prisões por fraudes tecnológicas só em 2024, segundo a Secretaria Nacional de Segurança Pública.
Este caso alarmante expõe uma ferida profunda: a vulnerabilidade das instituições e da fé que o cidadão deposita nelas. Golpistas, cada vez mais ousados, exploram momentos de fragilidade emocional e usam o nome da lei para aplicar fraudes impiedosas. Segundo o Banco Central, os golpes via Pix já causaram um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão só neste ano.
Especialistas fazem um apelo à população: desconfie, confirme, questione. Fianças nunca são pagas por Pix, e toda cobrança legítima é feita pessoalmente e com recibo oficial. A Delegacia de Goiás reforçou que nenhuma orientação desse tipo deve ser acatada sem verificação direta com o órgão oficial.