Luz no Fim do Túnel para Parkinson? Estudo Inédito no Brasil Avalia Impacto da Maconha nos Sintomas - Pagenews

Luz no Fim do Túnel para Parkinson? Estudo Inédito no Brasil Avalia Impacto da Maconha nos Sintomas

Publicado em: 14/04/2025

Luz no Fim do Túnel para Parkinson? Estudo Inédito no Brasil Avalia Impacto da Maconha nos Sintomas
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Uma pesquisa brasileira, com contornos de inovação global, acende uma faísca de esperança para milhares de pacientes que convivem com a Doença de Parkinson e para a comunidade médica que busca alternativas terapêuticas. Liderado pela farmacêutica Ana Carolina Ruver Martins, doutora em farmacologia e pós-doutoranda na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), um estudo inédito investiga o potencial da Cannabis sativa (maconha) no tratamento dos sintomas debilitantes dessa condição neurológica progressiva.


Intitulado “Efeitos da associação dos canabinóides THC e CBD sobre os sintomas motores e não motores da doença de Parkinson: um ensaio clínico, duplo-cego, randomizado e controlado por placebo”, o trabalho foi conduzido com rigor científico no Laboratório Experimental de Doenças Neurodegenerativas (LEXDON).


Metodologia Inovadora e Ampla Amostra


A pesquisa de Ana Ruver se destaca por sua metodologia apurada. Durante seis meses, foram minuciosamente analisados os efeitos de uma combinação específica de THC (Tetrahidrocanabinol) e CBD (Canabidiol) – dois dos principais canabinóides da planta – em 68 participantes diagnosticados com Parkinson. A condução do estudo, com um acompanhamento prolongado e um número significativo de pacientes, permite uma avaliação precisa da eficácia e segurança do uso da Cannabis sativa a longo prazo, elevando o nível da investigação científica sobre o tema.


Lacuna na Pesquisa Global


A Dra. Ana Ruver aponta uma importante lacuna no cenário da pesquisa internacional. Apesar de existirem cerca de 10 estudos publicados sobre o uso de canabinóides no controle dos sintomas do Parkinson, ainda faltam dados robustos, amostras representativas, um número maior de pacientes e um tempo de pesquisa mais extenso para que se chegue a conclusões definitivas sobre os benefícios e potenciais efeitos adversos.


A pesquisadora explica que os estudos existentes frequentemente envolvem um número limitado de participantes e pecam pela falta de especificidade nas dosagens utilizadas e pela aplicação de cannabis de forma não padronizada, como extratos e inalação, dificultando a comparação e a obtenção de resultados consistentes.


O estudo brasileiro, com sua metodologia rigorosa e acompanhamento de longo prazo, surge como um farol nesse cenário, prometendo lançar luz sobre o potencial terapêutico da Cannabis sativa e abrir novos caminhos para o tratamento dos sintomas da Doença de Parkinson, impactando positivamente a vida de milhares de pacientes em todo o mundo. Os resultados dessa pesquisa inédita são aguardados com grande expectativa pela comunidade científica e por aqueles que buscam alívio para os desafios impostos por essa doença neurodegenerativa.

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