Feminicídio em pousada choca familiares durante feriado

Feminicídio em pousada choca familiares durante feriado

Na noite de quinta-feira (1º), um crime brutal abalou a tranquilidade de uma família durante o feriado em Belo Horizonte. Arthur Henrique Franco Ribeiro de Paula, de 38 anos, foi preso por suspeita de assassinar a esposa, Fernanda Dantas Garrido Ribeiro, de 40 anos, com golpes de facão na nuca enquanto ela conversava com a cunhada em uma pousada no bairro Jardim Atlântico, na Região da Pampulha. O casal estava hospedado no local com a família para aproveitar o feriado prolongado.

Tentativa de fuga e prisão

Após o ataque, Arthur fugiu em um carro, mas foi interceptado pelo próprio irmão, que tentou contê-lo. A fuga terminou na MGC-135, no município de Morro das Garças, Região Central de Minas Gerais, onde a Polícia Militar conseguiu localizá-lo. O veículo utilizado na fuga foi apreendido, e a arma do crime, até o momento, não foi encontrada. Ele foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Curvelo, onde permanece preso.

Histórico de conflitos e abandono do tratamento

De acordo com familiares, o casal havia passado por momentos de conflito no passado, mas se apresentava recentemente reconciliado, inclusive com planos de viagem ao Chile. Relatos indicam que Arthur tinha diagnóstico de esquizofrenia e havia interrompido o tratamento há cerca de um ano, embora ainda utilizasse medicamentos. A interrupção no acompanhamento médico levanta questões sobre a assistência contínua a pessoas com transtornos mentais e os riscos associados à negligência no tratamento.

Investigações e repercussão

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) confirmou a morte de Fernanda no local. A perícia da Delegacia de Homicídios esteve na pousada e encaminhou o corpo ao Instituto Médico Legal de Belo Horizonte. A Polícia Civil segue investigando os detalhes e possíveis motivações do crime, que mais uma vez evidencia o impacto devastador da violência doméstica no Brasil. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher é vítima de feminicídio a cada seis horas no país, uma estatística que reforça a urgência de medidas efetivas de prevenção e proteção.