Fortaleza,
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Publicado em: 11/07/2025
Vizinhos relatam os momentos de terror que antecederam a morte da enfermeira Clarissa Costa Gomes, de 31 anos, brutalmente assassinada a facadas em Fortaleza. Os gritos desesperados da vítima foram ouvidos por quem mora perto, revelando o desespero de Clarissa diante da fúria do namorado, Matheus Anthony Lima Martins Queiroz, de 26 anos, que agora está preso.
Era quarta-feira (9) quando Clarissa e Matheus chegaram juntos na casa dela, no bairro Jardim Cearense. Pouco mais de uma hora depois, por volta das 15h20, vizinhos começaram a ouvir gritos. "Me solta, vai me matar!", uma voz feminina implorava. Outra vizinha ouviu Clarissa chamar "Matheus" duas vezes, seguido de um baque forte.
Minutos depois, Matheus Anthony foi visto saindo de moto, deixando a porta da casa trancada. A angústia só aumentou até a chegada do irmão do suspeito, que, com a chave, abriu a porta. A cena era de horror: Clarissa estava morta, em meio a muito sangue. "Meu Deus, o que foi que meu irmão fez?!", teria exclamado o irmão de Matheus, em choque.
A Polícia Civil agiu rápido e encontrou Matheus Anthony saindo de um condomínio na Maraponga. Ele foi preso em flagrante e, para a polícia, confessou o crime. No entanto, em depoimento na delegacia, o suspeito, que alegou tomar medicação para epilepsia e ansiedade, disse não se lembrar do que aconteceu, apresentando "confusão mental".
Apesar da tentativa de se esquivar, a Justiça não deu trégua. Na última quinta-feira (10), a prisão em flagrante de Matheus foi convertida em prisão preventiva. O juiz Tadeu Trindade de Ávila destacou a gravidade do crime: um feminicídio cometido dentro da própria casa da vítima, com indícios de agressões em sequência e gritos de socorro ouvidos pelos vizinhos.
O magistrado foi claro: mesmo que Matheus seja réu primário, a brutalidade do ato mostra uma periculosidade que exige a manutenção da prisão para garantir a ordem pública e proteger as mulheres.
A defesa do suspeito não se manifestou sobre o caso até o momento. A comunidade de Fortaleza segue chocada com a violência e a tragédia que tirou a vida de Clarissa Costa Gomes.