Radialista é executado a tiros durante programa ao vivo no Pará

Radialista é executado a tiros durante programa ao vivo no Pará
O comunicador Luizinho Costa foi brutalmente assassinado nesta terça-feira (27) quando apresentava seu programa na Rádio Guarany FM, em Abaetetuba, nordeste do Pará. O crime chocou a região e expôs mais uma vez os riscos enfrentados por profissionais da comunicação no Brasil, país que registrou pelo menos 16 assassinatos de jornalistas nos últimos cinco anos, segundo a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

Detalhes do crime chocam a região
Testemunhas relataram que um homem encapuzado invadiu o estúdio durante a transmissão ao vivo e efetuou pelo menos três disparos contra o radialista, que não resistiu aos ferimentos. Luís Augusto Carneiro Costa, de 38 anos, era conhecido na região não apenas como comunicador, mas também como DJ e promotor de eventos culturais, especialmente shows de forró. A Polícia Civil isolou o local para perícia e analisa imagens de câmeras de segurança para identificar e prender o autor do crime.

Entidades repudiam ataque à liberdade de imprensa
O crime foi imediatamente repudiado por entidades profissionais. O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA), o Sindicato dos Trabalhadores em Rádio e TV (Stert-PA) e a Comissão de Liberdade de Imprensa da OAB-PA emitiram nota conjunta destacando que "cada violência contra um profissional da imprensa é um ataque à democracia e ao Estado Democrático de Direito". As organizações anunciaram que acompanharão as investigações e cobrarão respostas das autoridades.

Caso reforça preocupação com segurança de comunicadores
Este é o segundo assassinato de um radialista no Pará em menos de um ano, renovando os alertas sobre a vulnerabilidade dos profissionais de imprensa no estado. Especialistas apontam que muitos crimes contra comunicadores estão relacionados à cobertura de temas sensíveis como corrupção e crime organizado. O caso de Luizinho Costa será incluído no relatório anual da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), que monitora violações contra a liberdade de expressão no país.

Legado do radialista é lembrado por colegas e ouvintes
Nas redes sociais, colegas e ouvintes prestaram homenagens a Luizinho, destacando seu compromisso com a cultura local e seu papel ativo na comunidade. "Ele era a voz dos eventos culturais da nossa região", lamentou um colega de profissão. A família do radialista aguarda a liberação do corpo para realização do velório e enterro, enquanto a polícia trabalha para elucidar as motivações do crime e identificar os responsáveis.