Publicado em: 16/05/2025
Ex-casal disputa guarda de bebê reborn com rede social (e lucro)
Um caso incomum envolvendo a disputa pela "guarda" de um bebê reborn - boneca hiper-realista - chamou atenção nas redes sociais após ser revelado pela advogada Suzana Ferreira. O ex-casal, que criou uma conta nas redes sociais para a boneca, gerando renda, agora enfrenta um impasse emocional e financeiro após o término do relacionamento.
A polêmica da "guarda" da boneca
A advogada contou que foi procurada pela mulher, que alegava ter "constituído família" incluindo a boneca e, com o fim do relacionamento, o ex-companheiro queria ficar com o bebê reborn. A situação se complicou porque a conta da boneca nas redes sociais, que já tinha certo sucesso, gerava lucros para o casal. Suzana inicialmente recusou o caso por considerar impossível regulamentar judicialmente a guarda de um objeto, mas depois se dispôs a ajudar na questão das redes sociais, reconhecendo o aspecto financeiro envolvido.
Apego emocional e acusações
A mulher argumentou que simplesmente adquirir outra boneca não resolveria o conflito, pois tinha um "apego emocional" específico por aquela. Quando a advogada se recusou a levar a disputa pela "guarda" à Justiça, foi acusada de "intolerância maternal" - um termo que viralizou após Suzana relatar o caso em um vídeo nas redes sociais.
O debate por trás do caso
A situação, aparentemente bizarra, levanta questões sobre o limite entre o lúdico e a realidade, especialmente quando há envolvimento financeiro e emocional. Enquanto não há base legal para disputas sobre objetos, mesmo que hiper-realistas, o caso reflete como algumas pessoas atribuem significado profundo a itens que, para outros, são meramente colecionáveis. O conflito também expõe os desafios de relações que se entrelaçam com redes sociais e monetização, onde até mesmo uma boneca pode se tornar um ativo disputado.
Embora a Justiça tradicional não possa intervir em casos como esse, a discussão permanece: até que ponto o afeto e o investimento em um objeto podem justificar uma disputa que, para muitos, parece surreal? Enquanto isso, o ex-casal segue tentando resolver quem fica com o "bebê" - e, principalmente, com os lucros que ele gera.