Indignação em Fortaleza: Motorista Condenado por Estupro é Solto e Vítima Clama por Justiça - Pagenews
Indignação em Fortaleza: Motorista Condenado por Estupro é Solto e Vítima Clama por Justiça
Publicado em: 10/06/2025
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Fortaleza, Ceará- Um caso que choca e revolta! O motorista de aplicativo Edilson Florêncio da Conceição, conhecido como "Edilson Moicano", condenado a 8 anos e dois meses de prisão por estuprar uma passageira em janeiro deste ano, foi solto nesta segunda-feira (9). A decisão da Justiça, que permite que ele recorra em liberdade, gerou uma onda de indignação, especialmente por parte da vítima, a empresária Renata Coan Cudh.
Edilson, de 48 anos e também lutador de MMA, estava preso desde 19 de janeiro, quando foi flagrado por policiais militares em um matagal, atacando a vítima. O cenário do crime foi a saída de uma festa no Bairro Edson Queiroz, em Fortaleza.
"A palavra delas não basta!"
A soltura de Edilson "Moicano" provocou a reação imediata de Renata Coan, que se manifestou publicamente em um vídeo, desabafando sobre o trauma e pedindo ajuda para que o agressor retorne à prisão. Ela expressou sua revolta com a decisão judicial: "Mesmo com o depoimento de três policiais, testemunhas oculares, exame de perícia, o réu confessando o crime e toda a violência que sofri, ela [juíza] julgou que ele poderia responder em liberdade por ser réu primário. O sistema está dizendo para outras mulheres que forem violentadas amanhã, hoje ou agora que a palavra delas não basta, que nenhuma confusão basta, que o agressor vai sair por aí pela porta da frente", declarou Renata.
Detalhes da Condenação e Soltura
No julgamento, a juíza Adriana Aguiar Magalhães, da 5ª Vara Criminal de Fortaleza, condenou Edilson a 8 anos de prisão por estupro de vulnerável, pois a vítima estava alcoolizada, e mais 2 meses de detenção por resistência à prisão. Como Edilson já cumpriu mais de quatro meses de prisão, o tempo referente à detenção por resistência já foi quitado.
Apesar da condenação por um crime tão grave, a juíza concedeu a Edilson o direito de recorrer em liberdade, alegando primariedade e bons antecedentes, conforme trecho da decisão. A defesa do motorista, por meio da advogada Carolina Dantas Azin Rocha, argumentou que a fixação da pena deve seguir os princípios constitucionais da legalidade, proporcionalidade e individualização, ressaltando que a decisão não significa absolvição, mas o cumprimento da legislação brasileira.
Este caso levanta um debate importante sobre a justiça, a segurança das mulheres e a aplicação da lei em crimes de violência sexual. A repercussão do caso segue em aberto, com a sociedade atenta aos próximos capítulos.